segunda-feira, 1 de julho de 2013

Copa das Confederações e a prova de que o futebol brasileiro é o melhor de todos

Não vou falar simplesmente que os 3 a 0 do Brasil sobre a Espanha no Maraca confirmam tudo o que foi dito no título. Até porque futebol não é tão simples como parece, e eu não sou tão ruim de argumentação.

Paulinho: o volante que marca bem, passa bem, chuta bem e faz gols sempre; jogava no Corinthians até antes da 'CC 13' (Foto: Ricardo Matsukawa/Terra)
Assisti a partida em Campos do Jordão, aproveitando minha folga com meus familiares e minha namorada. Nenhum destes entendem tanto de futebol assim. Então tive que tentar explicar o porque dos resultados ruins na 'Era Mano' e o show dado na Copa das Confederações (CC). Simples: quando uma seleção qualquer enfrenta a Seleção Brasileira em um amistoso não quer tomar pau, por conta disso geralmente joga mais fechada, estilo que dificulta o jogo brasileiro que é mais de velocidade e contra-ataques. Logo, tantos empates em 0 a 0 e vitórias magras. Agora, em competição é diferente. Todos querem ganhar e precisam do resultado. Com isso, precisam sair mais para o jogo, se abrem tentando fazer suas jogadas e, assim, dão espaço para o adversário atacar. O Brasil se deu muito bem na CC por isso e a Espanha não soube lidar com o estilo de jogo do time de Luiz Felipe Scolari.

Felipão se deu melhor ainda. Parece que ele é um deus, que resolveria qualquer time ou seleção do mundo. Ele é bom, não há como se negar. O Palmeiras, campeão da Copa do Brasil do ano passado com aquele time de Betinho, Marcos Assunção e Maurício Ramos, é a prova disso. Mas, na Seleção é mais fácil. Uma penca de feras querendo mostrar que o Brasil só era vigésimo segundo no ranking FIFA por que amistosos não valem nada. Deu certo. O grupo abraçou a ideia de marcar sempre, incluindo os atacantes. O alto índice de desarmes do Brasil, e a tranquilidade ao sair jogando deram mais posse para o Brasil no final da partida. Mais uma vitória sobre a Espanha, que costuma ter entre 60% e 70% de posse de bola por jogo.

Agora, uma conclusão a ser tirada: o Brasil nunca deixará de ser Brasil!

Quê?
Isso mesmo.

A fonte de craques do Brasil jamais se esgotará. Ao olharmos o elenco brasileiro na CC, dos 23 jogadores que defenderam a amarelinha, 10 jogavam no Brasil até o princípio da CC (Paulinho e Fernando foram negociados durante o campeonato). Até o ano passado, Lucas e Oscar também atuavam nas terras que Pedro Álvares Cabral descobriu em 1500, o que mostra que a força do futebol brasileiro não está simplesmente na Europa e seus milhões e ratifica a força do Campeonato Brasileiro ultimamente.
Falando em Paulinho, esse cara jogava há três anos no Bragantino, e antes disso quase desistiu de jogar futebol após passagens por Polônia e Lituânia. Quantos Paulinhos não conseguem ser descobertos por Corinthians ou Flamengos pelo Brasil afora?
Pode ser uma viagem pensar nisso, mas não deixa de ser verdade.


Depois do baile que a espanholada tomou ontem, eu acredito que o povo brasileiro pode acreditar no título em casa após 64 anos do Maracanazzo em 1950. Se a 'Seleça' aliar a entrega em campo, a determinação na marcação, confiar nos seus craques individualmente e contar com a força e energia da torcida brasileira, demonstrada em todos os jogos até mesmo na execução do Hino Nacional (veja no vídeo acima), teremos dos momentos mais inesquecíveis, para quem gosta e quem não gosta tanto de futebol, daqui há um ano no mesmo Maracanã lotado.

Não vejo a hora que a Copa de 2014 comece.